Em um passeio por uma feirinha de usados organizada por uma escola nos Estados Unidos – que aqui eles chamam de flea market – comprei um vestido rosa de veludo por uma pechincha.
Bati o olho e vi que tinha potencial para virar outra coisa. Ele não tinha nascido para ser um vestido – apesar de ter certeza de que ele fazia parte do figurino de alguma peça de teatro. Porque como roupa não consegui encaixar ele em nenhuma fase da moda. E nem consigo imaginar alguém usando ele no dia a dia, muito menos em uma festa.
Mas curti a cor e adorei os botõezinhos. O tecido estava bom, inteiro e sem manchas. Apostei na transformação, achei que daria uma peça única.
Pois bem, vejam o antes e o depois.
Não é uma transformação radical, mas o fato de ‘perder’ a saia e poder ser usado aberto dá bem mais possibilidades de uso.
Apesar de que nunca iria usá-lo como vestido, precisei de coragem para cortar o veludo com a tesoura. Uma coisa é desmanchar costuras existentes. Outra é passar a tesoura em uma parte intocada do tecido. Sempre me dá um nervoso, medo de me arrepender.
Mas fui em frente. E também precisei abrir uns pedaços já costurados para fazer um melhor acabamento.
Com ele aberto ao meio, era hora de decidir o corte da horizontal.
Depois dobrei o tecido para simular a parte de cima sem a saia, para decidir até onde eu iria o babado. Testei a dobra com o vestido apoiado na mesa e também no próprio corpo.
Marquei a linha de corte com um lápis escolar e, de novo, tesoura em ação.
Como estou viajando, usei o que eu tinha no meu kit de costura de viagem (esse amarelinho eu comprei na Daiso) e mais algumas comprinhas que fiz na própria feira – linha em um tom de rosa aproximado e um pacotinho de viés de renda.
Passei o tecido com ferro para marcar a dobra e, com muita paciência, costurei à mão toda a barra. Usei o viés para evitar que o veludo desfie. Fiz tudo com ponto invisível, uma trabalheira.
Mas valeu a pena! Gostei muito do resultado, a ponto de ter me permitido aparecer de corpo inteiro para as fotos, coisa que raramente faço…
Fica aí a inspiração. Nem sempre vestidos precisam continuar sendo o que eram originalmente. Se o tecido é bom, porque não repensar?
Ficou muito lindo! Se duvidar, peço pra minha costureira fazer um igual. =D
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Não me imagino, com sua iniciativa para cortar veludo com uma tesourinha e um kit de costura de viagem!!!
Parabéns, ficou lindo!!!
Obrigada! Para cortar, consegui outra tesoura, também pequena, mas não tão minúscula como a do kit, hehe
Ficou lindo. Aaaaamei Claudia. Gostei da cor também. E combina com o mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Imagino uma almofada linda com o tecido que sobrou e uma renda antiga…
Aproveita que aqui em Sampa tá friozinho ainda :D
Bjinho
Olha, almofada é uma boa ideia, não tinha pensado!!
Linda transformação. Certamente o “olho crafter” auxilia na compra da peça certa que ainda não estava na sua versão final. Mas fico imaginando que, como eu, você gosta do diferente e que daqui a um tempo pode até transformá-la de novo… hehe
Bom ponto, bem provável que ele ainda passará por mais alguma transformação, hehe