14 mar 14
piramos nisso
Piramos nisso: os lápis de Federico Uribe
por Claudia

Federico Uribe

Vi essa escultura feita com lápis amarelos na sala de espera de uma agência de publicidade aqui em São Paulo e, literalmente, pirei. Conversei com a recepcionista e perguntei se poderia ver de perto e, também, fotografar.

Esta é a obra completa e em contexto:

Federico Uribe

Mas o mais legal é reparar no zoom, na montagem, no trabalho dele:

Federico Uribe

O artista é Federico Uribe, a recepcionista me contou.

Mais tarde o Google me levou ao site dele e descobri que ele nasceu na Colômbia, tem 52 anos, mora em Miami e, apesar de ter começado como artista pintando, foi usando materiais inusitados e composições com objetos do dia-a-dia que acabou ficando mais conhecido.

Tem tantas coisas legais que achei legal mostrar aqui para vocês.

Ainda com lápis, ele também fez uma série de esculturas, o castor e a zebra ficaram bem interessantes.

Federico Uribe

Tem uma outra série feita com fios e cabos…

Federico Uribe

…e outra de arte feita com cadarço!

Federico Uribe

E até com alfinetes de segurança.

Federico Uribe

Mas a minha favorita mesmo foram os jardins feitos com torneiras, mangueiras e afins:

Federico Uribe

Demais!

Federico Uribe

Mais uma foto porque não resisti…

Federico Uribe

Para quem quiser conhecer e saber mais, o site é www.federicouribe.com

Federico Uribe

21 fev 14
piramos nisso
Piramos nisso: Esculturas em feltro de Irina Andreeva
por Andrea

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Menininhas sem boca que parecem estar vivas e seus gatinhos são o tema favorito da artista plástica russa Irina Andreeva. Conhecemos o surpreendente trabalho de Irina há pouco tempo e achamos que valia a pena compartilhar por aqui.

Veja só o mundo lúdico que ela cria usando apenas  fibras feltradas de lã.

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Gatinhos fofos e flores estão sempre presentes nas esculturas.

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Impressiona o fato que os personagens são tão expressivos  pesar e serem feitos com uma paleta de cores bem limitada, ficando sempre nos tons de cinza e neutros.

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Um mundo misterioso, quieto (os personagens não têm boca e nem raiz) e muito suave.

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Um lindo trabalho autoral e um ótimo exemplo de como extrair o máximo potencial de uma técnica artesanal tradicional para fazer arte!

Achamos poucas informações sobre a artista na web mas ela possui uma págine no facebbok e um blog onde compartilha fotos de outros trabalhos encantadores.

Blog Irina Andreeva (em russo)

Facebook Nina Andreeva

11 fev 14
piramos nisso
Piramos nisso: arte com botões de Lisa Kokin
por Claudia

Lisa Kokin

Lisa Kokin, de San Francisco, é uma artista plástica que faz de tudo um pouco. Mas me apaixonei mesmo pela série que ela criou com botões lá no início dos anos 2000. Ela criou retratos de família em tamanho gigante, usando milhares de botões presos e tensionados entre si com fios de nylon e arame. A foto acima é da obra “Moment” (2004).

Lisa Kokin

Esta aqui, e as fotos dos detalhes a seguir, são de “Nineteen-Sixty” (2005).

Autoproclamada botonóloga*, apaixonada e colecionadora de botões, escolheu cuidadosamente as peças que compõe esta série. Ela conta que os botões sempre estiveram presentes aqui e ali em suas composições, mas foi nesta série que eles ganharam o papel de destaque e foram usados como matéria prima principal.

No seu site – que vale a pena conhecer porque tem outros trabalhos diferentes – ela explica que a série de botões surgiu no período de introspecção que ela viveu após o falecimento do pai. Ele trabalhava como tapeceiro e na infância Lisa se lembra de ficar brincando na loja com os materiais.

Lisa Kokin

Neste detalhe do rosto dá para ver bem os detalhes, notar a preocupação e cuidado na escolha dos botões e peças, seja obviamente nas cores, mas também nos formatos e texturas.

Gosto que ela descreve isso como “low-tech pixilated composition” :) Identificação total!

Lisa Kokin

No detalhe das pernas dá para ter uma noção do trabalho de composição e proporção das peças. O fio de pérolas aparece nas duas fotos, comparem!

Lisa Kokin

Tive a sorte de ver estas duas obras ao vivo em uma exposição de botões em Paris. Fiquei muito tempo observando estes detalhes, principalmente deste “retrato” composto por mais peças além de botões. Me apaixonei pelos carretéis antigos, a árvore verde estilizada que vinha naquelas das cidades de bloquinhos de madeira, os lápis de cor já apontados até a metade, os dadinhos e peças de jogos de tabuleiro. Ela usou até um disquinho amarelo de plástico. É muito amor!

Identificação total. Aliás, inclusive com o termo botonóloga que ela inventou. Engraçado que recentemente no Instagram a gente postou uma foto de uma caixa cheia de botões e alguém perguntou se existia a palavra “botonólatra”. O que eu acho? Valem as duas… A primeira (com sufixo -logo), vira nome de profissão. Já a segunda (terminando com -latra), vale para todos os adoradores!