30 ago 16
craft tour
Mercearia Paraopeba, finalmente visitada!
por Claudia

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Há muitos anos, já não me lembro como, assisti no Youtube um mini documentário sobre a Mercearia Paraopeba, em Minas. A história, as crenças e a maneira de trabalhar me marcaram demais. Ainda hoje continuo a me emocionar só ao rever o vídeo, é um lugar muito especial. Dividi o link com amigos, mostrei para mais pessoas e o negócio “grudou” na minha cabeça. Prometi que um dia, sei-lá-quando, visitaria o lugar.

A história Mercearia Paraopeba não é novidade. Foi contada e recontada em vários lugares: apareceu na televisão, foi notícia de jornal e nos dias de hoje é taggeada em fotos do Instagram. Até já recebemos de alguns leitores do blog o tema como sugestão de pauta. Pois é, as pessoas fazem a conexão do lugar com o Superziper – tem muito de artesanal por lá!

Mas mesmo assim resolvi mostrar de novo, porque finalmente consegui fazer a minha tão esperada visita ao negócio mais acolhedor de Minas Gerais <3 Foi um privilégio estar lá e faço questão de contar mais uma vez o que faz da Paraopeba um lugar tão especial

Antes das fotos e da história, sugiro que os que não conhecem a Mercearia Paraopeba assistam primeiro o pequeno vídeo de 7 minutos que comentei:

É emocionante, não?! Que lugar…

Eu estava em BH com uma amiga e tínhamos um dia livre na cidade antes de voltar para SP. Ela me perguntou o que eu gostaria de fazer e, de repente, tive um estalo. Será que aquela mercearia do Youtube ficaria em uma distância viável da capital? Em poucas buscas no celular descobri tudo. A Paraopeba ficava em Itabirito, dava para ir e voltar de ônibus e, o mais importante, estava aberta! Uhuuu, ia dar certo. A viagem durou cerca de 1h30 e foi bem tranquila. Mas eu estava ansiosa!

Chegando na cidade, o motorista recomendou descer no ponto próximo à estação de trem. Pena que circulam apenas trens de carga. Se tivesse trem de passageiros fazendo o trajeto BH-Itabirito seria mais perfeito ainda! A estação não funciona mais no conceito original e foi transformada em ponto de informações turísticas. Aliás, a mercearia foi recomendada como ponto de interesse. Mal sabia a moça que eu estava lá justamente para isso!

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O lado de fora da Paraopeba já promete: uma infinidade de produtos com um toque artesanal ocupando a fachada de forma funcional. Ok, de certa forma todos esses itens pendurados ajudam na “decoração”. Mas as buchas, vassouras, panelas, gaiolas e cestas estão lá porque aquele é o lugar delas, esperando alguém pedir e comprar.

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Do lado de dentro, tem de um tudo, como uma boa mercearia deve ser. Prateleiras cheias até o teto, pacotes pendurados, quase cansa a vista… Mas vale a pena, porque o estoque da casa tinha de tudo. Durante a uma hora em que fiquei lá dentro, entravam clientes sem parar, cada um com alguma necessidade específica e eram sempre atendidos. Tem coador? Tem linha? Tem queijo? Tem chinelo? Tem vela? Tem…. Quase não acreditei quando uma senhora entrou procurando por uma esponja de lavar carro e conseguiu! Ela ainda comentou comigo que o preço era ótimo, metade do que tinha visto no supermercado da rua.

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Variedades a parte, o carro-chefe da mercearia são os alimentos. Fresquinhos e chamativos, eram vendidos por quilo, unidade, pacote, granel… Grãos, verduras, frutas e ovos vindos dos sítios e produtores da região. Tudo arrumado e bem disposto, dá gosto escolher. E mais uma vez, o apelo dos bons preços. Quando estive lá, o feijão estava com preços astronômicos – mas na Paraopeba estava mais baixo do que em SP, quase levei um pacote pra casa.

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Adorei as cestas gigantes, acondicionando pães, bolos e biscoitos. Detalhe para os polvilhos e roscas de um lado e o clássico limão cravo do outro. Tudo dava água na boca. E isso que eu nem fotografei os queijos…

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Nenê, o vendedor, foi muito simpático e oferecia degustação de quase tudo, ai ai ai! Um petisco atrás do outro: o doce de leite, o queijo, a goiabada, o tempero, o biscoito… Me convenceu a levar várias coisas desse jeito. Que qualidade! E eu tendo que me conter – como levar e carregar tudo de volta? Nas fotos abaixo: goiabada caseira embrulhada na folha de bananeira, doce de laranja com pedaços, doce de leite em barra, doce de leite em pote, tempero caseiro com etiqueta do tipo escolar, mel de diferentes variedades e o famoso sabão preto, feito de cinzas.

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Fiquei um tempão na loja, olhando cada cantinho, cada prateleira. Aqui fiz uma seleção de fotos dos produtos artesanais que encontrei à venda: tapetes de malha, galinha de crochê para bico de chaleira, brinquedos de criança (quem lembra dessas galinhas bicando milho?!) e casinhas de passarinho.

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E mais: ratoeiras, chinelos de couro, peteca de folha de bananeira, estilingues e apoios de panela.

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A mercearia é antiga mas se modernizou. Criaram agora uma linha de lembrancinhas (os turistas querem, né?) e tem página no Facebook! O coador de café é um ótimo souvenir, tem tudo a ver com o estilo mineiro de ser. Mas eu levei uma marmitinha de goiabada e a deliciosa conserva de alho crocante, que não estão nas fotos.

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Me despeço com um brinde da cachaça caseira que também provei por lá, saúde!

Fiz mais um tic na minha lista de lugares no mundo a se conhecer, recomendo :-)

—–

Mercearia Paraopeba
Rua João Pessoa 110, Centro
Itabirito, MG 35450-000
Horário: das 7:30 às 20:00
https://www.facebook.com/MerceariaParaopeba/

13 jul 16
craft tour
Por dentro da Mega Artesanal 2016 (fotos)
por Claudia

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Estivemos hoje visitando o primeiro dia da Mega Artesanal 2016, aberto para lojistas e imprensa. A feira, que comemora 10 anos de existência, acontece no SP Expo e estará aberta ao público em geral de quarta-feira até domingo.

Para quem não conhece, a Mega é a maior e mais importante feira da América Latina no setor de produtos e técnicas para arte e artesanato. Quem já foi sabe muito bem o tamanho do evento – exige muita perna, energia e força de vontade para conhecer tudo. São mais de 300 stands das principais empresas, com áreas de cursos e demonstrações, lançamentos de produtos, ferramentas e máquinas, exposições de arte, além de lojas, ateliês, escolas e artesãos.

A gente aproveitou este acesso adiantado para tirar bastante fotos e fazer uma pré-seleção do que vocês vão encontrar por lá!

local

A primeira novidade é o local do evento. Continua sendo no centro de exposições da Imigrantes, perto do metrô Jabaquara. Porém, após uma reformulação geral, agora se chama SP Expo e está novinho em folha. Para quem vem de carro ou caravana, a estrutura para receber visitantes está mais confortável e organizada. Para quem vem de metrô, há um serviço de van gratuito que faz o circuito de leva e traz até a feira.

entrada

Neste primeiro dia exclusivo para lojistas, a entrada estava bem tranquila. Nos próximos dias provavelmente será impossível tirar uma foto como esta – prepare-se para filas! O ingresso de acesso custa R$ 20 e está proibida a entrada de menores de 12 anos.

stands

A feira deste ano está dividida nestes grupos: Indústria, Comércio, Confeitaria e Festa, Patchwork, Ateliê e Praça do Artesão. Uma boa dica é fazer o download da planta da feira com antecedência e se selecionar os espaços que faz questão de visitar. É muita coisa para ver e fazer, vale a pena um pouquinho de organização.

Os stands da área da indústria, que você encontrará logo na entrada da feira, são gigantes, muito decorados e em geral funcionam mais para demonstração, inspiração e como um catálogo das novidades!

costura

Os que mais atraem público são os dos fabricantes de máquinas de costura. Os grandes estão por lá: Singer, Janome, Brother, Elna, Sun Special. Vale a pena a muvuca e o aperto – é a chance de ver em primeira mão os lançamentos e novidades, além de poder mexer, entender, testar, perguntar e comparar modelos para quem está pensando em comprar uma.

novidades

Alguns lançamentos interessantes:
1. cola de contato à base d’água da Almaflex
2. aerógrafo para pintura em versão doméstica
3. máquina dobradeira para acrílico
4. feltro mesclado em tons de cinza da Santa Fé

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Cursos e workshops fazem o maior sucesso – e também são disputadíssimos! Stands com maior área podem oferecer cursos para mais alunos simultaneamente. Cada um costuma receber um kit com os materiais do projeto e o professor orienta o passo-a-passo fazendo as etapas com apoio de telão e microfone.

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Nas fotos acima, cursos com máquina de costura, com a retífica Dremel, de confeitaria e um projeto concluído, feito com espelho, cartolina e tecido adeviso da Plavitec!

 

Os grandes fabricantes costumam exibir trabalhos de artistas e criadores feitos com seus produtos. Aproveite para se inspirar e buscar ideias nestas vitrines. Abaixo, uma seleção de nove fotos de diferentes técnicas e materiais.

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Na área de comércio e lojas, os stands são abertos e deixam os produtos expostos para facilitar as compras. Vendedoras podem ajudar a explicar particularidades, mas tenha paciência, pois nos dias mais cheios é mais complicado conseguir uma atenção dedicada.

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Fizemos também uma seleção de comprinhas, com 27 produtos interessantes que encontramos nesta edição da feira. Confira!

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1. porta-copos em feltro decorado e moranguinho de crochê, Mimos & Encantos
2. canudos de papel coloridos e decorados, Agradinho Mágico
3. tag/ etiqueta de papel estilo retrô, For Me Papelaria
4. mini flores e mini folhas em feltro recortado, Kawaii Feltros
5. flores recicladas feitas com papel da bandeja de maçã, Eco D Arte
6. confeitos coloridos, Wilton
7. moldes em formato de doces para EVA, Amabol Bolívia
8. velas em cera de abelha, Federação Portuguesa de Artes e Ofícios
9. cortador Star Wars, Márcia Tabuleiros

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10. dedal moderno e fecho tamanho gigante, Le Petit Atelier
11. fecho para caixa com cadeado em formato de coração, Metalúrgica Antunes
12. zíper YKK com acabamento diferenciado, Estúdio da Lolô
13. bastidores diversos em madeira, Barone
14. enchedor e virador para boneca (2 em 1), vários tamanhos, Tissu Studio
15. carretéis de madeira, vários tamanhos, Tissu Studio
16. mini alfineteiros, Lu Gastal
17. botões decorados feitos à mão, Veceli Botões
18. dedais de cerâmica

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19. caneca de ágata (versão queimada, com muita personalidade!), Lar dos Velhinhos DF
20. porta-fitas para parede em metal, Mary Patch Cabides Artesanais
21. espuma para flores (naturais ou artificiais) com capa decorada, Mimos & Encantos
22. lembrancinha oara casamento, Peter Paiva
23. sabonete artesanal, Peter Paiva
24. kit kumihimo para fazer cordões, Be Artesanato
25. porta-bobina em torre giratória, Sintel Máquinas
26. tecidos importados do Japão, Ton com Ton Ateliê
27. placa decorativa para cozinha, Palácio da Arte

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Muitas lojas e ateliês oferecem moldes, kits e projetos de faça-você-mesmo. Na foto acima, maletinha de costura em patchwork da Artes da Bu e bordados bacanas da Le Petit Atelier.

amigos

A Mega também é ótima para encontrar amigos, conhecidos e o pessoal que a gente acompanha pelo YouTube, blogs e mídias sociais. Tá todo mundo por lá. Nas fotos abaixo, Lu Gastal, Andreia Riserio, Peter Paiva e Sheila Abreu.

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Guarde um pouquinho de energia (ou aproveite para descansar) vendo as exposições que estão espalhadas pelo pavilhão. Aqui, detalhes da Mãos que Bordam, Blythes Princesas Desconhecidas e Arte em Tecido.

E por último, mas não menos importante, um recado para quem pretende visitar a Mega Artesanal neste sábado!

livro

Nós do Superziper, Andrea e Claudia, estaremos no stand da Lu Gastal (rua B número 342 – tapete verde) apenas neste sábado, das 13h às 17h) vendendo e autografando nosso primeiro livro, Manual Para Uma Vida Craft, que lançamos recentemente!

Esperamos vocês e boa feira!

Serviço:
Mega Artesanal 2016
De 13 a 17 de Julho (quarta até domingo)
São Paulo Expo (Antigo Imigrantes)
Rod. Dos Imigrantes, Km. 1,5 – São Paulo
De 13 a 16 de Julho das 11 às 19 horas
Dia 17 de Julho das 11 às 17 horas
Vans gratuitas entre Estação Jabaquara do Metrô e o evento
Ingresso – Inteira: R$20,00 / Meia-entrada: R$10,00

24 maio 16
costuracraft tourfashion
Garimpando tecidos no Brás
por Andrea

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Brás, ah o Brás….Paraíso dos tecidos e aviamentos baratos. Eu mesma relutei um pouco em ir até lá mas de tanto ouvir falar criei coragem, coloquei um tênis, mochila nas costas e lá fui eu. Não posso dizer que domino totalmente a região mas após algumas idas vou me arriscar a dar algumas dicas para quem estiver com vontade, principalmente quem não é de São Paulo, conseguir  otimizar a visita – claro que dicas complementares de leitoras ‘Brás experts’ serão muito bem vindas.

Bom, primeiro, o que se pode esperar encontrar por lá em matéria de tecido? Muita opção de material para roupa e um pouco para decoração. Acha-se muita malha, jersey, viscose, viscolycra, suplex, chamois sintéticos, brin, veludo, tecidos para roupa de ginástica, de festa, lingerie…. Tá bom ? E ainda, softs, atoalhados, aviamentos em geral e mais. Em geral as lojas são simples, meio caóticas até. Então a palavra para se ter na cabeça antes de ir ao Brás é GARIMPO. Tem que ir com tempo, andar, entrar, olhar, olhar e olhar. Nem tudo é lindo ou de boa qualidade e mas se tiver paciência e souber procurar bem, certeza que voltará de lá com muitos tesouros e com aquela sensação boa de ter feito um bom negócio.

Dá para passar horas e horas andando pela região, sem destino, apenas procurando garimpos. Mas, o bairro é grande, o tempo é curto e as pernas cansam! Saiba que as lojas de tecido ficam em um ponto bem específico do Bairro. Sendo bem objetiva, as ruas que eu mais gosto de percorrer em busca de tecidos são: Rua Joli, Rua Almirante Barroso e Rua Sampson. Então anota aí, é neste pedacinho do Brás que você deve ir. Vou falar de cada uma delas, com muitas fotos!

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Rua Joli

A Joli é longa portanto, se não quiser perder muito tempo, comece a percorrê-la a partir do quarteirão que cruza a Rua Almirante Barroso. Antes disso, na própria Joli, você vai encontrar muitas e muitas lojas de aviamentos. Mas, a partir do cruzamento com a Almirante (tirei a foto acima, pra não ter erro ;)), começam  a pipocar as lojas de tecido, uma atrás da outra. Não vou colocar nomes específicos, o melhor é ir andando e olhando uma a uma, para garimpar. Muitos dos tecidos se repetem nas lojas.

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Na Rua Joli, a grande maioria das lojas é relativamente organizada (no estilo das lojas de tecido do Bom Retiro) e logo na entrada você verá rolos enormes de tecidos expostos – estes da foto são de Ponto Roma e estavam a R$ 35,00 o kilo – já usei para fazer vestido de inverno, fica bem legal, mais para pesado. Estas lojas da Joli são mais ‘chiques’, a maioria vendem tecido por metro ou  mínimo de 1 quilo por rolo. Considerando que o kilo, dependendo do tecido, terá mais ou menos 3 metros, nem sempre vale a pela comprar tanto tecido. Eu, por exemplo, queria  pedaços menores de tecidos variados para fazer tops e blusas, então não achei nada que valesse muito a pena nestas lojas. De repente vale a pena ir com uma amiga e dividir o quilo do tecido que ambas gostarem.

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Neste quarteirão da Joli com a Almirante você vai encontrara a Nara Aviamentos, uma loja bem bem completa (tirei as duas fotos acima lá), lotada de fitas, linhas renda, botões, ziperes e cordões.  Dá para fazer a festa pois a variedade é bem grande. A porta é meio estreita mas ao entrar verá que é enorme por dentro, com muitas e muitas caixinhas e gavetinhas para todo lado. Vale a pena ir ao Brás para comprar aviamentos e insumos básicos em quantidade é bem mais em conta que a 25.


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Rua Almirante Barroso

Depois de andar da Rua Joli sugiro voltar pela outra calçada e entrar na Rua Almirante Barroso a maioria das lojas tem esta cara. Achei muita malha e moleton por kilo nesta rua. Aqui começam as lojas que vendem retalhos de confecção por quilo, coisa que não achei na Rua Joli.

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Uma loja que me chamou bastante atenção pelas estampas diferenciadas para roupas  foi a Maria Chiffon que fica no número 267. Logo na porta vi uns jeans chambrays estampados bem bacanas. Mas é lá dentro que achei os tecidos mais legais os chiffons!

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E muitos, mas muitos chiffons de poliésters (fininho mas sem transparência). As estampinhas eram lindas e estava por R$ 16,90 o metro. Achei bem digno o chiffon sintético por este preço! Não sei como é a qualidade deste tecido depois de lavado, aparentemente me pareceu bem ok. Mil estampas estampas  fofas para vestidos e blusinhas, bem difícil escolher.

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Achei esta loja é bem diferente das outras da rua, tanto que foi a única que anotei o nome e o endereço. Vale a pena entrar e conhecer.

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Conforme você vai percorrendo a Almirante e se afastando da Joli as lojas começam a ficar mais simples e muitas delas nem têm placa com nome. São as famosas lojas que vendem sobras de tecido de confecções  por quilo. Os retalhos por quilo ficam geralmente amontoados em pilhas na entrada e dentro da loja. Aí, não tem jeito, é arregaçar as mangas e acionar o olho clínico. Se gostar de algo abra e cheque com atenção se o tecido está uniforme, sem manchas, buracos e marcas de cola. Eu consegui comprar mais de 2 metros de tecido atoalhado largo 60% algodão por R$ 10,00. Achei malhas legais a R$ 7,00.

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Em algumas lojas você vai encontrar zíperes, fitas e elásticos que vieram de confecções. Em caixas assim, no meio da bagunça e do bololô, em tamanhos e cores variadas a R$ 0,20. É só arregaçar as mangas e separar os zíperes usáveis que você quer levar.

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Você vai encontrar várias lojas com estes tecidos já cortados assim jogados no meio de um bololô. Se estiver no pique, faça uma escavação. Tendo sorte pode sair aí no meio sai algo BBB – bom, bonito e barato.

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Rua Sampson

Esta é legal para fazer aquele garimpão. Fica paralela a Rua Almirante Barroso e tem muitas portas sem nome, com muitos retalhos por quilo. Não espere nada organizado, aqui é tudo caótico.  Esta porta sem placa, numero 179,  é a minha loja preferida – é de lá a foto que abre o post, com os rolos de tecidos amarelos.


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Mal consegui entrar na loja, heheh. As laterais estavam bem arrumadinhas o corredor do meio estava cheio de pilhas de tecido amontoado. Mesmo assim achei muita malha e moletom de cores legais, boa qualidade e bem baratinhos. É só achar os retalhos e levar para pesar!

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Esta loja no número 84 também era bem interessante mas vai ficar para uma próxima visita.

Nem sempre a loja terá as mesmas coisas, a oferta de tecidos depende muito dos restos que recebem das confecções. Então, dependendo do dia, uma visita pode render muitos garimpos legais e outras menos. Vale a pena tentar a sorte, vai que… né ?


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Este foi o resultado do meu garimpo. Um atoalhado cru, bem macio 60% algodão, e malhas de espessuras diversa mistas de viscose. Vão virar blusas pra mim e baby leggings. Aproveitei ainda para comprar este rolão de elástico grosso a R$ 3,00 e zíperes a R$ 0,20! No total gastei R$ 40,00. Nada mal, heim?

Em tempos de crise e consumo consciente, a minha recomendação é ir para o Brás com uma lista escrita dos tecidos e aviamentos que realmente precisa. A tentação de fazer a louca dos tecidos baratos e comprar um monte de ‘extras’ por impulso é enorme. Quem vai atrás de tecido para fazer roupas também deve pesquisar antes e saber as opções possíveis para não levar comprar o tecido errado (tem coisa pior?). E não adianta levar tecido apenas pelo preço. Se for costurar uma roupa, vale pena investir em um tecido de boa qualidade para a peça durar bastante.

Eu já  fiz a lição de casa antes e sei as peças de roupa quero fazer com cada um dos tecidos que comprei. Conforme for produzindo os modelitos vou mostrando aqui e no instagram ;).

E assim terminam as dicas do Brás. Quem tiver mais  pitacos sobre a região (shopping de tecidos, alguém já foi? Recomenda?) deixe comentários, vou adorar ler mais dicas sobre minha nova área favorita – que a 25 de Março não me ouça falando isso :P.

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Como chegar lá

De metrô: Descer na Estação Bresser (isso mesmo, não é na estação Brás e sim na Bresser) e andar a pé,  de 15 a 20 minutos até a Rua Joli.

De ônibus: No terminal Parque Dom Pedro, pegue um ônibus que vá até a Celso Garcia, desça na altura do numero 200. De lá caminhe mais 5 minutos.

De carro ou taxi: Estacione na Celso Garcia e vá a pé.