30 out 08
nhacoutras técnicas
DIY: Lanterna de Abóbora para o Halloween
por Claudia

Lanterna de abobora {9}

Quantas vezes na vida a gente tem a chance de fazer crafts diferentes e deixa passar? No ano passado aqui em Londres eu nem me lembro o que fiz na época de Halloween. Este ano decidi que será o ano da minha primeira Jack-o’-lantern, aquelas lanternas feitas de abobóra esculpida. Sei que aí no Brasil ninguém liga muito, mas aqui são ítens obrigatórios em qualquer festa do dia das bruxas. Por isso mesmo é que nesta época do ano aqui em Londres as abóboras estão com preços promocionais no supermercado. Levei uma pra casa. Com o passo a passo do E-howe assistência do meu namorado, chegamos a um resultado bem satisfatório para a nossa primeira lanterna. Espero que vocês se sintam inspirados também, sei que faltam poucas horas para o Dia das Bruxas.

Aboboras no supermercado Lanterna de abobora {materiais}

Você vai precisar de:
. abóbora
. faca com ponta
. colher grande
. caneta
. paninho e álcool (para limpar)
. vela
. óleo ou azeite de oliva
. jornal

Lanterna de abobora {1} Lanterna de abobora {2}

1. Com a caneta, faca um círculo na parte superior para demarcar o espaco a ser cortado. Sua mão precisa caber no buraco na hora de limpar e tirando o miolo e as sementes.

2. Fazendo um movimento de vai e vém com a faca, corte a tampa.

Lanterna de abobora {3} Lanterna de abobora {4}

3. Tire bem o miolo, inclusive da tampa.

4. Isso é o que deve ser removido, a polpa “mole “e as sementes.

Lanterna de abobora {5} Lanterna de abobora {6}

4. Desenhe uma cara na sua abóbora. Tem milhões de imagens e exemplos na internet. Veja aqui. Gostei particularmente dessa daqui.

5. Corte agora com a faca os olhos, nariz e boca.

Lanterna de abobora {7} Lanterna de abobora {8}

6. Na base, pelo lado de dentro, cave um buraco para encaixar a vela.

7. Ta-daa! A sua lanternade halloween esta pronta. Agora é só esperar escurecer para acender a vela.

Algumas dicas úteis:
. Passe óleo de cozinha ou azeite de oliva nas partes cortadas. Vai ajudar a preservar e fazer sua lanterna durar mais tempo;
. Criança pode fazer mas é legal ter a ajuda de um adulto, principalmente por causa da faca;
. Use acetona ou álcool para limpar os resíduos de traço de caneta;
. Faca um risquinho de caneta na tampa para acertar a posição exata do encaixe;
. Pra treinar, faça uma abóbora virtual.
. Para a inspiração para escultoras avançadas , uma árvore cheia de detalhes
. E para as minimalistas e criativas, a casa de ratinhos, da Martha Stewart

Feliz Dia das Bruxas, com ou sem lanterna de abóbora :)

Se quiserem deixar dicas sobre o que fazer com o miolo da abóbora deixem um comentário !

 

29 out 08
outras técnicas
DIY: Tecido plastificado em casa
por Andrea

DIY: tecido plastificado
Vocês enxergam alguma diferença entre o pedaço de tecido à esquerda e o da direita? O da esquerda foi plastificado em casa. Finalmente resolvi testar este tutorial que a Elisa me passou, coloca umbookmark nele porque é fantástico e gratuito.
Vou confessar, logo que vi a receita achei que não ia dar certo. Pensei  que ia melecar tudo, queimar, estragar o tecido, sei lá. Mas, surpresa ! Deu certo sim, o segredo é testar antes para saber exatamente qual é temperatura certa para derreter o Contact. Eu fiz assim:
DIY: tecido plastificado DIY: tecido plastificado

1. Tudo o que você precisa é  um pedaço de tecido (usei um algodão estampado de textura mais grossa, de  patchwork), plástico tipo Contact cortado um pouquinho menor que o tecido, ferro, tábua de passar e um pedaço de pano (para proteger o tecido na hora de passar).
2. Estique bem o tecido que você quer plastificar. Cole o Contact por cima, deixando a superfície bem lisinha e sem bolhas. O tamanho do Contact tem que ser um pouquinho menor que o tecido, para ficar uma margem de tecido sem Contact nas quatro laterais.

DIY: tecido plastificado DIY: tecido plastificado
3. Cubra o tecido adesivado com um pedaço de pano para proteger na hora de passar.
4. Ligue o ferro na temperatura algodão (quente). Passe o ferro somente por cima do pano que está protegendo o tecido. Não deixe o ferro parado, vá movimentado uniformemente por toda a superfície. Em 20 segundos o meu Contact derreteu completamente, grudando no tecido. Aconselho testar primeiro num pedacinho pequeno pois o tempo de derretimento completo vai depender do seu ferro.
Ah, o meu paninho de proteção grudou levemente no Contact por causa do calor. Puxei bem rápido e ele descolou fácil, ufa!
DIY: tecido plastificadoDIY: tecido plastificado
5. Este foi o resultado final. Dá pra perceber como o tecido ficou um pouco mais rígido e com brilho diferente ? Parece mesmo aqueles plásticos que a gente compra por metro para forrar a mesa da cozinha.
6. Reparem que em algumas partes, o Contact ficou um pouco marcado. Acho que isso poderia ter sido evitado se eu tivesse sido alguns segundos mais rápida na hora de tirar o ferro do tecido.

Eu testei. Joguei um pouco de água na parte plastificada e … Yay, sucesso! Não penetrou na parte de baixo, ou seja, o tecido ficou impermeabilizado sim.

E o que fazer com isso ? No Burda Style sugerem fazer capa de chuva com o tecido. Eu sinceramente não sei se o ele aguentaria todos os cortes e dobras que são necessárias para se fazer uma peça de roupa. Imagino que seria legal usá-lo como em objetos planos e sem muitas firulas como jogos americanos,  porta-copos e coisinhas decoraticas. Vou lá testar.

28 out 08
craft tour
Curso de flores com uma chapeleira nada maluca
por Claudia

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– Posso perguntar porque você tira tantas fotos assim?, perguntou o senhor que tomava conta de uma barraca de acessórios em uma feira vintage em Londres.
– Quero usar como modelo, respondi.
– Como assim?
– Essas flores vintage são uma relíquia. *Preciso* tirar fotos porque assim eu posso me inspirar nelas para depois fazer minhas próprias.
– Se você gosta tanto, então porque nao faz um curso?
– Ah-han, tá bom….. Até parece que hoje em dia ainda existem cursos de flores.
– Tem sim, minha amiga Tina dá aulas no ateliê dela.
– Sééério? Como assim? Fala mais.
– Procura na internet, a loja dela chama
Bea & Evie.
– Escreve o nome pra mim nesse papel que eu vou atrás…

E foi assim que eu fiquei sabendo da existência da Tina Giuntini, uma chapeleira (ou millinery) norte-americana que mora por estas bandas inglesas há mais de 10 anos. Ela tem uma lojinha muito simpática, a Bea & Evie, onde vende chapéus, apliques de cabelo e outros acessórios. A loja fica em Frome (pronuncia-se Frum), uma cidadezinha em Somerset, sudoeste da Inglaterra. E é óbvio que, para fazer o curso, eu teria que viajar até lá. Isso significava…. Aventura!

Eu pesquisei os cursos disponíveis na internet e trocamos informações por e-mail. Escolhi o curso de Ribbon Flowers, no primeiro sábado de Outubro. No dia, acordei animada às 5 da manhã (!) para pegar o trem das 7 – aqui não dá para se dar ao luxo de atrasar. Cheguei na estação vizinha de Westbury às 9 e a Tina já me esperava pontualmente do lado de fora. Ela foi muito atenciosa de vir me buscar, me poupou de um trabalhão! O curso começava só às 10 da manhã, então deu tempo de fazer um micro city-tour pela cidade de 20 mil habitantes.

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Frome é uma cidade muito artística em vários aspectos. Ela me contou que nos últimos três anos começaram a surgir várias lojinhas interessantes pela rua (foto acima à esquerda) – vendendo desde materiais de costura até roupas handmade. E bem ao lado da loja da Tina, um moço de paletó de veludo preto, tirou o dia para tocar acordeon e recolher uns trocados. Senti que minha aventura em Frome ia ser bacana. Antes da aula, ela ainda me mostrou aonde ficava o melhor café da região. Tomei um chocolate e logo corri para a ladeira onde está a loja.

A foto a direita é a fachada da loja. Vocês nem imaginam o que tinha do lado de dentro. Era um paraíso para crafters que curtem fitas, cores e flores. Enlouqueci! As fotos dizem mais que minhas palavras:

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Estas duas fotos mostram o gosto e a atenção da Tina para os pequenos detalhes na decoração da sua loja. Tudo lá remete à crafts. Na primeira, um cantinho atrás do balcão com canetas, barbante e envelopes de papel carimbados a mão. A foto ao lado é de uma de suas várias maletas e chapeleiras antigas, que hoje ela usa para guardar materiais. Todas com etiqueta de identificação, tudo muito organizado.

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O ateliê fica nos fundos da loja e é separado apenas por um biombo. Como o espaco é pequeno e aconchegante, as turmas são de no máximo 4 alunos – tive que reservar a minha vaga com muita antecedência. O curso foi das 10 da manhã às 5 da tarde. E claro que uma das coisa mais legais destes cursos é conhecer outras crafters e fazer networking. Vejam a foto das minhas colegas de classe, num papo animado enquanto costuravam. A Frances, de óculos, escreve para uma revista de decoração e tambem tem um blog – trocamos várias figurinhas! Na hora do almoço ela me levou para conhecer suas lojas favoritas, foi em uma delas que comprei a revista de crochê vintage.

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No curso, aprendemos a fazer quatro modelos de flores e um de folha. O último exercício do dia era finalizar o trabalho. E foi então que a Tina abriu um gaveteiro que uau … loucura. De lá saíram enfeites, fitas e detalhes lindos para compor as flores. E de quebra, ainda ganhamos pedaços de feltro – daqueles de lã grossa, usados para fazer chapéu – para prender nas flores e fazer broches.

A última foto mostra parte do resultado do dia e se você se empolgou e quer tentar fazer a sua, tem um tutorial das menorzinhas aqui.

Se alguém tiver a oportunidade de um dia viajar para Frome na Inglaterra vá conhecer o ateliê da Tina. Recomendo ficar na área por mais um dia para conhecer a cidade de Bath. Um programa turístico craft perfeito para o final de semana.

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Também no Superziper: Já ensinei a fazer uma das flores de fita que aprendi no curso. O segredo é caprichar na escolha da fita!