07 mar 13
outros bla bla blas
Se quebrou, tem quem conserte (ainda!)
por Claudia

Este é um post de desabafo, alegria e compartilhamento de uma descoberta – não confundam com post patrocinado!

dremel consertado!

Eu sou daquelas que usa as coisas até o final, até gastar, até acabar. E quando a roupa, utensílio ou objeto perde sua vida útil, eu ainda gosto de por a cabeça para pensar e ver dali sai uma nova utilidade. Tem aí um pouco de carinho pelas coisas que escolho, consciência ambiental e desafio criativo (na última etapa).

Eletroeletrônicos quebram (muitas vezes beeem antes da hora – vale ler sobre obsolescência programada), a gente sabe! Mas quando isso acontece, está cada vez mais difícil de achar quem conserte as coisas. Como meu caso teve um final feliz, divido a dica com vocês. Vejam!

Faz uns dois anos comprei um Dremel sem fio – é como uma mini-furadeira com brocas e pontas que podem ser trocadas, ferramenta super parceira e companheira para vários projetos aqui do Superziper. Como a minha é sem fio, ela veio com uma fonte que eu coloco na tomada para recarregar a bateria. Isso sempre funcionou bem até que… eu mudei de casa e, em um ato distraído, explodi a fonte colocando-a para carregar em uma tomada 220v (não identificada), e ela era somente 110v.

Resultado? Medi todas as tomadas da casa e coloquei etiquetas de voltagem, pra não acontecer de novo, né? E também penei em uma busca que durou meses, indo atrás de peças de substituição, assistências técnicas ou lugares que pudessem reparar a fonte do Dremel.

Em resumo: o fabricante não conserta a peça, não vende avulsa e a fonte vem vedada de fábrica. Antigamente essas e outros componentes eram fechadas com parafusos – eu me lembro, porque desde criança via meu pai abrindo as coisas e mexendo nos fios. Mas agora, se estragou, é para jogar fora mesmo. O negócio veio grudado de uma forma que mesmo querendo, não consegui abrir para ver o tamanho do estrago. Ou seja, uma mentalidade de que “se quebrou, é para jogar fora mesmo”. Horrível…

E detalhe que este produto justamente é feito para aquelas pessoas que gostam de colocar a mão na massa, que curtem consertar, mexer, fuçar. Pois bem… Teimosa que sou, continuei a busca.

Pela internet, achei a fonte para vender no Ebay e na Amazon, mas o preço do frete inviabilizava totalmente a compra.

Então resolvi andar pelo bairro, procurando lojinhas de assistência, técnicos e pessoal de lojas de ferramentas. E se tivesse um café conserto em São Paulo eu teria ido. Enfim, levei vários nãos e depois também ouvia um lamento de como essas coisas são hoje em dia. Na visita à Casa das 3 Meninas, alguém comentou sobre um lugar na Santa Ifigênia que montava fontes, assim, do zero. Corri pra lá, mesmo sem nomes e referências, e fui atrás dessa tal loja. Falei com um, com outro, e no fim me indicaram a Nodaji, uma loja de fontes, que também têm no primeiro andar uma área de assistência técnica. Deixei a peça lá com eles para avaliação e orçamento. A boa notícia é que em uma semana me ligaram dizendo que dava para arrumar e custaria 20 reais!

Como muita gente passa por aqui e pode ter algo encostado em casa, faço questão de compartilhar esta descoberta. Se eu soubesse antes, teria me poupado um tempão e encurtaria o tempo que o Dremel ficou encostado sem uso. Lá na loja vi muita gente levando fonte de notebook para arrumar – senão me engano isso eles consertavam na hora mesmo.

Nem preciso dizer da alegria de ter meu Dremel de volta funcionando. Comemorem também porque tem vários projetos prontos para desengavetar. Semana que vem vou mostrar um mini-vaso para suculentas, aguardem!

Fogão ajustado

Aproveitando a seção “alguém sabe como consertar”, quando me mudei para essa casa, tinha um fogão Brastemp dos anos 70 – esse aí da foto, reparem no logo do esquimó, direto da infância! Chamei uma assistência técnica, a Ressu-gaz, para dar ver se estava tudo ok, dar uma calibrada nas bocas, saídas de gás, etc. O senhor que me atendeu era muito experiente e foi fantástico. Já estava com medo que ele viesse com aqueles papos de que ‘isso era coisa velha, que já existiam fogões mais modernos e melhores, que esse era ultrapassado’. Mas aconteceu justamente o contrário. Ele desparafusou a tampa com prazer e disse que dava gosto de arrumar eletrodomésticos antigos. “Esses sim duram!”.

Serviço:
– Nodaji (fontes), Santa Ifigência, São Paulo, SP. Site: www.nodaji.com.br
– Ressu-gaz (fogões e aquecedores), Santa Cecília, São Paulo, SP. Site: www.ressugas.com.br

23 ZigZags
  1. Tamara disse:
    07 de março de 2013 às 19:17

    Nossa, vcs acreditam que eu estava comenando sobre isso com a minha mãe hoje, porque a grade do nosso fogão quebrou e os bolos estão saindo tortos!!!
    Ai eu falei: quem será que pode consertar nosso fogão porque já está velho!!

    Obrigada pelas dicas :)

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:52

      Que coincidência… Espero que eles tenham uma grade como a sua para repor!

      Responder
  2. Mitie disse:
    07 de março de 2013 às 19:56

    Que ótima dica da fonte!!
    Tenho uma tesoura que funciona (funcionava) a bateria e levei para consertar e ouvi a famosa frase: – É muito antiga e a fonte nova só para modelos novos…
    Tão logo puder vou no endereço que vc indicou…
    Obrigada sempre pelas preciosas dicas.
    Uma boa noite !! :) :)

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:52

      Fico muito brava quando recomendam trocar por modelos novos – como se os antigos não tivessem mais utilidade.

      Responder
  3. Marcia G. Marthas disse:
    07 de março de 2013 às 21:32

    Que lindo Claudia! Aprendi ( e estou aprendendo) com minha mami a acreditar que podemos e devemos descartar menos lixo possível e isso inclui muita criatividade!!! Obrigada por compartilhar a história e os endereços rsrs.
    Sucesso!

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:50

      Sim, precisamos reduzir. Eu acredito que mudando a mentalidade, mesmo em ações pequenas, o movimento fica mais forte!

      Responder
  4. Vi disse:
    07 de março de 2013 às 22:50

    Andrea, tenho um Brastemp de 1982, maravilhoso, e já comprei 3 fogões modernos depois e nunca me desfiz dele , ficava sempre num canto guardado porque o único problema é que ele é rosa salmão. E agora assumi, voltei a usá-lo e adoro. Nem ligo para a cor mais. Ele tem acendimento automático em todas as bocas, não tem que usar aquele botãozinho, apenas basta girar o botão grande e ele acende, usando apenas uma das mãos. Forno espetacular. Já disse que gosto tanto dele que vou mandar colocar ele no meu mausoléu kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:49

      Uau, salmão! Deve ser demais :-)

      Responder
  5. Taís disse:
    08 de março de 2013 às 11:41

    Eu queria saber onde esses fabricantes andam com a cabeça. Não tem mãe pra ensinar? Não leem jornal nem conversam com ninguém pra saber como vão as coisas?
    Eu sei, obsolência programada, eu sei. Do planeta nesse ritmo, afff…
    Que bom saber que tem lojinhas e técnicos por aí que não aderiram a este status quo de doido…

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:49

      Bem, isso é reflexo do que é mais importante para os fabricantes. Nem preciso dizer o que vem em primeiro lugar….

      Responder
  6. Vânia Maria Gabriel de Souza disse:
    08 de março de 2013 às 16:10

    A sua dica chegou na hora certa, sabia!
    Preciso dar uma calibrada no meu fogão 4 bocas – ele tem 7 anos, mas no último ano tenho usado diariamente e quase o dia todo. Ele é ótimo, mas precisa passar por uma revisão porque não pretendo trocá-lo tão cedo!
    Muito obrigada!!

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:48

      Viva, que bom! Sabia que seria útil para alguém. Espero que eles ajudem!!

      Responder
  7. CandyAngel disse:
    08 de março de 2013 às 19:38

    É mesmo verdade que as coisas agora já são feitas para não durar… Eu confesso que cá por casa quem fazia essas coisas era o meu pai e depois que ele morreu o meu namorado… não digo que resolva tudo mas não tem quase nada que ele não saiba consertar :D *

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:47

      Sempre muito bom ter alguém assim por perto :-)

      Responder
  8. Nancy Maria disse:
    08 de março de 2013 às 23:14

    Minha irmã costuma dizer que sou um museu ambulante e que minha casa é um megamuseu, pois tudo meu dura. Quando quebra e não dá mais para salvar, falto pouco chorar, e custo para jogar fora (desapegar)… Aprendi dia desses a usar casca de ovos para amolar a lâmina do meu liquidificador e do miniprocessador que têm, pasmem!, 16 anos cada um. Eu os usava assim mesmo, ceguinhos, com pena de me desfazer deles. Se bem que ainda assim eles não estão lá uma “Brastemp”… rsrs ; )

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 17:45

      Como é essa história de amolar lâmina com casca de ovo? Funciona? Compartilha com a gente :-)

      Responder
  9. emy disse:
    09 de março de 2013 às 17:54

    ah, q ótimo vc ter achado conserto pra fonte, claudia! Eu conheço a nodaji faz um tempão, porque aqui em São José é tudo 220V. Se soubesse, teria lhe indicado. Aqui em casa a gente usa tudo até o fim tb, todo mundo é meio faz-tudo. O único revés é que a gente acaba acumulando muita coisa achando que tudo pode ser aproveitado um dia, rs… bjs

    Responder
    • Claudia disse:
      09 de março de 2013 às 18:13

      hahaha, é verdade, me reconheci nesse revés de acumuladora!

      Responder
  10. Rosana O. disse:
    09 de março de 2013 às 22:49

    vou procurar algo assim aqui em Brasilia!

    Responder
  11. Rita disse:
    10 de março de 2013 às 07:55

    Poxa, e eu que guardo tudo e tento junto ao meu Romeu, uma forma de “dar um jeito”.
    As pessoas não se importam mais com essas nossas coisinhas. Já deitei fora algumas fichas, até estabilizadores de Portáteis por ouvir esses “nãos”.
    Pena que essa loja fica em São Paulo. Aqui no Interior do ES, ainda mais em se tratando de litoral, as coisas complicam, quando encontramos alguém que conserta, a mão-de-obra fica mais alta do que o preço de um aparelho novo.
    Bjs e continuação de sucessos.

    Responder
  12. Barla disse:
    15 de agosto de 2013 às 10:59

    Meninas bom dia!
    Amei a matéria sobre os consertos e revisões de peças antigas, estragadas etc!
    Me identifiquei muito com o tema!
    Mas venho aqui por outro motivo… tenho um Dremel em casa e o mesmo não veio com brocas… preciso encontrar o kit mas parece mais difícil ainda do que achar o equipamento! Minha duvida é… será q poderia utilizar brocas de furadeiras comuns com bitolas pequenas na máquina? Mesmo que elas não sejam da marca Dremel???
    Agradeço e fiquem com DEus!
    BArla

    Responder
    • Claudia disse:
      22 de agosto de 2013 às 18:39

      Barla, então, a melhor coisa que comprei para o meu Dremel foi uma ponta de mandril. Como ela é de rosquear, dá para encaixar vários tipos de brocas, muito versátil. Deve ter para vender no Mercadolivre ou algum site online. Daí com isso o resto você improvisa!

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  13. Ana Cristina do Prado disse:
    22 de abril de 2015 às 10:45

    Nossa que legal seu site , eu tbém tenho uma Dramel que pifou…e aqui tbém não acho ninguém que conserte… mas tá guardadinha… na esperança de usá-la novamente era manicure, e fazia unhas de porcelanas e lá ela estava adaptada para lixar os pesinhos e unhas….e pra o que desse e viesse. Moro Em Pinhais -Pr

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