30 dez 18
costuraoutras técnicas
Blusinha branca customizada para o Réveillon
por Claudia

Finzinho de ano e decidi customizar com miçangas a blusinha branca que vou usar neste Réveillon de 2018 para 2019. Foi um projeto inspirado em uma blusa de lã que vi na Zara. A ideia ficou na minha cabeça e perdida em algum lugar do celular – depois se eu encontrar coloco aqui no fim deste post.

Batizei minha nova blusa de “Ajudar o povo de humanas a fazer miçanga” hehe :)

Estou feliz de ter conseguido concretizar esse projeto nos 44 do segundo tempo de 2018.

Depois do calendário de 2019, eu nem imaginava que faria mais um post aqui no Superziper. Aliás, foram quase 2 anos sem postar, foi malz… Na verdade, acabei postando mais coisas no Instagram do Superziper.

Coincidência ou não, há umas duas semanas deu pau no meu app do Instagram e fiquei sem usar. Será que foi isso que me fez colocar a mão na massa? As vezes penso que “me alimentar” com muitas ideias e inspiração já satisfaz, tipo ficar assistindo aqueles vídeos incríveis de comida – já basta assistir, nem precisa fazer. Quando fiz mestrado, meu orientador dizia: “Claudia, sai da biblioteca, você já tem bastante informação, tá na hora de começar a escrever a dissertação…”. Para desespero dele, eu ia muito na biblioteca e cada vez achava mais e mais textos, mas uma hora precisa mesmo parar a coleta de dados e simplesmente fazer.

Enfim, resolvi fazer minha blusinha para o Réveillon. Montei um kit simples, só com o essencial – linha, agulha e miçangas.
Um descosturador fez as vezes de tesoura. Quis simplificar mesmo!


Comecei bordando freestyle, sem planejamento, medindo a olho a distância entre as miçangas e as linhas.

Depois de 2/3 da blusa bordada, tive que marcar pontinhos com lápis para acertar uma linha que estava bem torta.


Se repararem nesta foto, dá para ver que as distâncias entre as miçangas estão bem díspares – tanto nas linhas como nas colunas. Mas sinceramente, está ótimo! Perfeição eu deixo para as máquinas, aqui é roots mesmo.

Aliás, esse é um projeto de paciência. Sempre que eu faço algo assim, fico pensando e devaneando em como dá trabalho… Reforça o valor do que é feito a mão.

Tinha colocado como meta terminar dia 31 de dezembro a tarde, mas resolvi antecipar um pouquinho para poder fazer este post aqui no blog.

Deixa eu mostrar  o verso para vocês… Aliás, mestras do bordado me perdoem – o avesso está nada perfeito. Mas pra mim está bom assim.

Vocês repararam que não usei linha branca? Sigo com minha máxima de criatividade: use o que tem. Achei esse pequeno carretel de linha de seda e foi esse mesmo que coloquei na caixinha.

Dicas:
• dar ponto atrás da miçanga para ela não se soltar
• pelo menos 2 agulhas, algumas tem furo mais fino
• misturar as cores das miçangas, tentei não repetir do lados, em cima e embaixo
• deixei as cores mais vivas no centro e as apagadas nas laterais (embaixo do braço)
• usar linha de seda é uma boa, viu? Ela desliza melhor e dificilmente dá nó.

Com o tanto de cores que eu tenho nessa blusa, espero que elas tragam todas as simpatias para o ano que chega!

Aproveito para desejar boas festas para todxs e um ano de 2019 com muitos crafts e projetos realizados.

26 dez 18
outros bla bla blas
Calendário 2019 para imprimir
por Claudia

A pedidos de leitores e leitoras, está saindo do forno (Excel rs) o novo calendário anual para 2019.

É um PDF para imprimir em uma página só – lá estão todos os meses, dias e feriados do ano apertadinhos em uma única página sulfite.

Em tempos de bulletin journal, apps e outras mil maneiras de se organizar divulgadas em cursos, blogs, posts, sites e YouTube, cada um encontra sua maneira.

Ficamos felizes quando recebemos comentários e mensagens pedindo nosso PDF de visão geral do ano.

Para quem chegou agora por aqui e não conhece, basicamente as dicas/ instruções são:
baixar o PDF
• imprimir em sulfite A4
• use siglas, canetas coloridas e ícones para marcar aniversários, datas importantes e eventos
• se não sabe desenhar, bolinha está valendo e funciona super!
• deixe em algum lugar visível (mural, geladeira, porta, etc)

Este é o preview do PDF – para baixar o arquivo CLIQUE AQUI e faça bom uso.

Aproveitamos o último post de 2018 no blog para desejar boas festas a todos que passam por aqui. Que o próximo ano seja recheado de novos projetos, criatividade, crafts e boas surpresas.

<3

28 abr 18
tricô e crochê
Eu tricotei: Baby Surprise Jacket
por Andrea

Você sai do tricô mas o tricô não sai de você. No meu caso, já havia algum tempo que não tricotava mais. Seja por dores no punho ou minha rotina como mãe, me faltava reservar tempo para as agulhas. O último tricô mais sério foi um casaquinho para minha filha recém-nascida, três anos atrás. Mas eu tinha que mudar isso, a saudade dos aumentos e diminuições já estava batendo. Vinha procurando um projeto rápido e estimulante, que me fizesse voltar a curtir o tricô em todo o seu potencial. Será que ele existia? Eis que  um dia uma amiga querida me lembrou do famoso Baby Surprise Jacket, uma receita que estava na milha lista de ‘projetos de tricô a fazer na vida’ eu eu tinha esquecido completamente. Um design clássico e atemporal, da mestra absoluta do tricô Elisabeth Zimmerman, de quem sou fã de carteirinha –  recomendo muito os livros dela para quem topar o desafio de ler tricô em inglês. Os projetos são clássicos, de uma construção simples e genial. Já li o  Knitting without tears e o Knitters Almanac.  Os livros são meio prosa com receita, com jeitinho de livro antigo.

Mas provavelmente o projeto mis surpreendente que já fiz da Zimmerman é o tema deste post, o Baby Surprise Jacket.  

Como o nome já diz, é um casaquinho ‘surpresa’, que você vai tricotando, tricotando como uma peça só, até arremataru m objeto meio disforme. Mas, ledo engano, uma dobra aqui e outra acolá, eis que surge o casaquinho de bebe mais fofo do mundo!

Este post não tem receita, apenas algumas dicas que podem ajudar quem quiser se aventurar neste projeto. E como notas a serem revisitadas por mim daqui a alguns anos.

Para um casaquinho de bebe tamanho P usei exatamente dois novelos de 50g de lã Sidney Cervinia, um amarelo e outro laranja). Foi a primeira vez que usei este fio, um ótimo custo beneficio e qualidade. Trata-se de um fio italiano 100% lã que é macio ao toque e desliza super bem na agulha. Comprei pessoalmente na Novelaria, mas tem online também.

Usei duas agulhas número 5 com o cabo de nylon flexível de 40 cm. São as agulhas de tricô circular, usadas separadas. O efeito é o mesmo da agulha reta, porém muito mais práticos de manusear.

O primeiro desafio é ler a receita. A receita que você compra aqui é SUPER detalhada, com muitas fotos e variações. Se por um lado isso é ótimo por outro, confunde bastante. Existe uma página com a receita original da E. Zimmerman e outra adaptada, carreira a carreira – mas só tem para um tamanho que não foi o escolhido por mim. Então, lá fui eu seguir a receita da Zimmerman, que é mais vaga (o estilo dela de escrever receitas daria um post a parte). Quando ficava perdida, ia conferir a página da receita carreira a carreira. No final usei um misto das duas e mesmo assim apanhei um pouco.

Sugiro estudar bem a receita decidir qual o tamanho e modelo e traçar um plano antes de começar a tricotar.

A parte mais complicada para mim foi posicionar as diminuições que dobradas, irão formar os tubos das mangas. Desmanchei seis vezes, no mínimo. O segredo era colocar o marcador FIXO no ponto DO MEIO do grupo três pontos nos quais serão trabalhadas as diminuições. Demorei um bom tempo para descobrir isso pois as pontas começavam a ficar diferentes de cada lado.

Depois que acertei isso, o projeto deslanchou.  O mais impressionante é a transformação de uma peça meio esquisita e cheia de pontas em um casaquinho. Fiz um video da transformação:

A post shared by Andrea Onishi (@deaonishi) on

As únicas costuras que devem ser feitas são na parte superior das mangas – repare que ainda estão abertas no video.

Esta marca diagonal são os aumentos que, dobrados estrategicamente formam a manga. Elas ficam posicionadas no verso do casaquinho. Achei bem difícil visualizar quando tricotava, mas ao dobrar tudo fez sentido.

As laçadas que formam as cinco casas de botões estão indicadas na receita original dos dois lados. Não entendi até agora necessidade de casas dos dois lados então transgredi e fiz apenas de um lado #rebelde.

Não é uma construção genial? Gostei muito de trabalhar com duas cores e confesso que o posicionamento da listra e troca de cores foi meio no chutômetro.

Éu sou fã deste tipo de construção, sem emendas, e feitos em uma peça só. A maioria dos designs da E. Zimmerman são assim, inteligentes. Ela já pensava em otimizar a vida em 1965, ano em que criou este casaquinho. E colocou na receita original MUITAS variações, a mesma peça com gola, com capuz e até para adultos – confesso que o modelo não me agrada tanto para adultos mas para crianças é só amor.

Se gostei de fazer? Amei. Tanto que já encomendei lã para a minha segunda Baby Surprise! Admito que estou meio viciada. E ao mesmo tempo muito feliz por ter terminado este projeto e empolgada para voltar de vez para o tricô – minha primeira paixão no mundo craft.

E vocês o que andam tricotando? Se animaram a tricotar um casaquinho surpresa?