21 mar 11
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Bunneggs de Páscoa
por Andrea

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Quando começamos a pensar um projetos DIY para a Páscoa resolvemos chamar a Livia da Coelhoshow, a maior expert do mundo quando o assunto é criatividade com o tema coelhos. No ano passado fomos ao ateliê dela (uma das lojas favoritas da Galeria Ouro Fino, diga-se de passagem) e entre mil e uma criações encontramos um ovo com coelho numa caixinha desenhada. Pedimos para ela revisitasse o projeto para a Páscoa deste ano e o resultado é o PAP especial de hoje, exclusivo para o Superziper ^_,,_^

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Todo mundo que é convidado para participar do Superziper começa o texto dizendo que é um prazer estar aqui. Para mim escrever aqui é mais que um prazer, é uma coisa assim que dá até bobeira, incluindo pulinhos e gritinhos infantis de alegria. É meu blog preferido, e mostar algo é simplesmente demais, uhuuuu! Bom, passada essa euforia toda vamos a minha sugestão de projeto da Páscoa: ovos de verdade decorados em forma de coelhinho,  recheados com quitutes gostosos. Eu dei a eles o nome de Bunneggs, ou seja, bunny + egg, sacou ?

Este é um projeto que é diversão certa tanto para adultos como para a criançada, então junta todo mundo pra fazer Bunnegs !

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Você vai precisar de:

– Ovos brancos
– Anilina nas cores preferidas
– Vinagre
– Balinhas pequenas e coloridas como m&ms, jujubas.
– Uma agulha grossa de costura e uma tesoura de ponta fina
– Palitos de churrasco e uma caneca cheia de areia ou arroz, para servir de apoio
– Pinceis (um fino e um grosso)
– Cartolina (para as orelhas)
– Tinta acrilica ( para desenhar o rosto)
– Super Bonder ou alguma outra cola para materiais porosos

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1. Em primeiro lugar lave bem os ovos com água e sabão.

2. Para tirar o conteúdo do ovo  sem estragar a casca, faça um furo com a agulha grossa na parte superior e um buraco pequeno com a tesoura na base . O segredo para não quebrar tudo é ser gentil porém firme, usando apenas a ponta da tesoura (foto3). E olha a Tesourinha de Garça fazendo uma aparição especial no post.

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4.Assopre no furinho que fez com a agulha, o conteúdo do ovo deve sair facilmente pelo buraco de baixo. Não jogue fora as gemas e claras, use-as para fazer estas panquecas ou uma bela omelete.

5. Lave os ovos novamente, dessa vez enchendo de água com um pouco de  detergente para tirar os resíduos. Esvazie assoprando novamente.

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6 . Monte um apoio usando a caneca cheia de areia/arroz e os palitos de churrasco. Encaixe os ovos no palito pelos furos e deixe-os secando por pelo menos duas horas. A gente acelerou o processo com um secador, vale usar este truque se estiver com pressa.

Enquanto isso, podemos preparar a tinta. Fiquei um tempão quebrando a cabeça pensando em como colorir ovos sem usar uma tinta agressiva, afinal vamos rechear com comidinhas e não queremos cheiro forte e nelas. Primeiro tentei deixar  os ovos de molho na anilina mas a cor ficou desbotada,sem graça. Então me lembrei que na faculdade de Artes fazíamos têmpera, uma tinta à base de gema de ovo – a mesma usada nas pinturas renascentistas. Perfeita para colorir os ovos ! Ela é bem fácil de preparar.

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7.Use uma gema de ovo para cada cor de anilina. Lembre-se de peneirar a gema para tirar a pele, que tem cheiro forte. Adicione uma colher de chá de vinagre para conservar e depois, vá colocando  anilina à vontade até ficar uma cor bacana. Misture bem.

8. Misture um tiquinho de água se quiser a tinta mais mole. Na minha eu não misturei e achei que ficou um pouco grossa, talvez por isso meu ovo ficou com algumas manchinhas.

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9. Hora de pintar os ovos! Como eu queria uma cor forte, dei três mãos de tinta nos meus, esperando meia hora entre uma e outra. Usei o pincel, maior de cerdas macias.

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10.Faça orelhinhas de cartolina, pinte, recorte e reserve.

11. Com o ovo completamente seco, desenhe rostos com várias expressões. Vale ovo meiguinho, bravo, zumbi, burlesco…. o Bunnegg é seu e você faz o que quiser ;) . Para esta parte eu usei tinta acrílica de artesanato e um pincel bem fininho. Chame os amigos, o marido e as crianças, rende várias risadas.

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12.Recheie os ovos com gostosuras (também vale colocar pequenos brinquedinhos de plástico). Sele a abertura com um pedacinho de fita crepe pintada na cor do ovo.

13. Por último cole as orelhas no ovo com uma gotinha de Super Bonder ou cola quente.

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A parte mais divertida é ver quem ganhou um Bunneg quebrá-lo para descobrir o segredo que está dentro.

C  r A C K …….

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…  Su R p R e S a !

Se até nós adultos adoramos esta parte a criançada vai delirar.

Feliz Páscoa e um ótimo Ano do Coelho para todos.

(Lívia é mente criativa por trás da Coelhoshow e fez os Bunnegs especialmente o Superziper )

04 mar 11
nhac
A minha limonada rosa
por Claudia

Limonada rosa: delícia!

Que ingenuidade a minha, achei que tinha inventado uma limonada rosa!  Na verdade, o termo pink lemonade até era familiar, mas eu sempre associei com refrigerantes ou outras bebidas industrializadas. Quando morei na Inglaterra, ouvi falar bastante, mas como eu não sou fã de bebidas artificiais, nunca tive curiosidade de experimentar.

Desde que voltei  para SP, virou costume fazer sucos para o café manhã. Nem sei como meu liquidificador aguenta tantas experiências, uso ele praticamente todo dia e vario bastante os ingredientes. Combino o que tenho na geladeira. Um suco que acabei fazendo muito ultimamente por causa do calor é a limonada suíça. Até que um dia desses, não tinha mais gelo no congelador, só um saco de morangos congelados. Pensei então: “se eu jogar uns morangos no suco, pode funcionar como pedra de gelo e ainda dar uma corzinha”. Primeiro eu fiz a limonada suíça com a casca, coei, devolvi o líquido pro liquidificador e só depois joguei o morango. Coloquei bem pouco açúcar e o resultado ficou ótimo! O gosto é de limonada, bem azedinho, mas a cor é pink. O sabor do morango ficou bem discreto. Adorei essa confusão mental de beber uma limonada com uma cor completamente inusitada.

Resolvi  procurar a origem do termo pink lemonade e descobri que o que eu fiz ao acaso, na verdade é um drink que que existe há quase um século, com muitas  de variações de receita. A começar pelo limão, enquanto por aqui o mais popular o taiti, nos EUA e Europa usam mais o amarelo (siciliano). Para tingir a limonada, vale  usar qualquer fruta vermelha. As mais accessíveis aqui são morango e framboesa. Amora acho que mudaria o tom pra roxo. Groselha (a fruta) seria perfeita, mas nunca vi! E muito menos oxicoco (cranberry) ou outras variações da família.

Limonada rosa: ingredientes

Pra quem quiser, deixo a minha receita como referência. Já aviso que ficou bem azeda e concentrada.

Ingredientes:
– 400 ml de água gelada
– 1 limão taiti
– 2 morangos
– 1 colher de sopa de açúcar
– gelo a vontade
– rodelas de limão e morangos inteiros para decorar

Limonada rosa: decoração

Preparo:
Lave bem o limão e corte as ‘tampas’. Depois, corte ao meio e retire com a faca as fibras brancas que passam pelo miolo, de cima a baixo. Corte o limão em cubos, deixando a casca e passe para o liquidificador com a água. Bata por 10 segundos e coe.  Devolva o líquido e bata novamente, agora com o açúcar e o morango.

Limonada rosa: como fazer

Quer fazer charme extra ? Sirva  a limonada rosa em copos altos, cheios de gelo e  decorados com uma rodela de limão ou morangos espetados no palito. Com enfeites assim a limonada fica até mais gostosa, acreditem ;).

 

27 fev 11
nhac
Tinha na cantina da sua escola?
por Claudia

Ping Pong, Kri, Galak e etc

Fiz essa montagem em homenagem à exposição “Papel de Bala”, que acabei de ver no Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo.

São mais de 200 rótulos e embalagens de balas, bombons, pirulitos, chicletes e sorvetes fabricados no Brasil – sendo o mais antigo de 1940. Manja aqueles doces que vendiam na cantina da escola, no pipoqueiro da saída ou na bombonière dos cinemas? Ou ainda… pra quem lembrar… a granel nas Lojas Americanas.

Infelizmente não se podia tirar foto do que estava exposto (museu né? ) mas fiz anotações em um caderninho para mostrar aqui. Porque eu preciso dividir com vocês minha lembranças das coisas que vi por lá:

    1. Drops Dulcora Misto e Doçura, clássicos em qualquer sessão de cinema. Sempre tinha uma cor ruim, que ninguém queria 

    2. Balas Delicado e Jujuba da Kibon – nem me lembrava mais que um dia a Kibon chegou a fabricar balas. Na primeira, o desenho era de um palhaço e na outra de um leão. O logotipo da Kibon era aquele azul-marinho, de losangos

    3. Caramelos Sugus da Suchard – eu era viciada na de abacaxi. Fica a dica que na Argentina eles ainda fabricam. Lá, a Suchard virou Kraft e você encontra a bala em qualquer kioske. A foto lá embaixo é recente, feita com um presente de viagem.

    4. Bigbol chiclé de bola – que fofo chamar de chiclé!

    5. E na linha chiclete ainda tinha… Dentyne, Ploc, Ping Pong, Plets e Balão Mágico da Bolet

    6. Menção honrosa para a embalagem fantástica do Chicletes Mini, da Adams, aquela com a boca transparente

    7. Pirapito Sing’s – um pirulito que o palito virava um apito! Acho que essa marca Sing’s nem existe mais…

    8. Frumelo de framboesa da Lacta – embalagem da bala avulsa, branca e rosa, embalagem meio pré-histórica

    9. As tradicionais Balas Chita (ainda existem)

    10. Balas da marca Mirabel (senti falta do Lanchinho Mirabel, que era um waffer, eu comia no recreio quando ganhava dinheiro)

    11. Bala Toffee de chocolate da Líder – esse sabor toffee era bom demais, vários fabricantes tinham bala assim. Alguém ainda faz isso hoje em dia?

    12. As 1as embalagens de chocolates como Bis, Galak (com a etiqueta de preço de $1500, seja lá qual era a moeda era na época), Laka e Diamante Negro – detalhe que essas embalagens eram de papel metalizado (e não plástico). Lembro direitinho como eram fechadas, com pingos de cola. E ainda… uma caixa de papel grosso do chocolate Diplomata da Nestlé, quando era em formato triangular tipo o Toblerone.

    13. A embalagem antiga da Língua de gato da Kopenhagen, caixa preta com o gato branco de língua pra fora. Continua muito parecida.

    14. Embalagem de papel (!!!) de sorvete de limão Yopa (pré-Nestlé, quando era escrito em amarelo e os furos das letras eram estrelinhas)

    15. E a melhor lembrança….. Sorvete de Caixinha da Mônica e do Cebolinha, da Kibon. As embalagens eram colecionáveis, em 24 modelos, para montar a cidade da Mônica. Na frente, tinha um desenho dos personagens na janela de casa, tomando sorvete. No verso, era algum dos prédios que compunham a cidade. A que estava nesta exposição, era a casinha do Banco Nacional. Merchandising já existia nos anos 80!

    16. Os tradicionais (e polêmicos) cigarrinhos de chocolate da Pan. Da mesma marca, moedas de chocolate, com uma pintura clássica de um pirata em fundo amarelo.

    17. Alguns produtos da Fábrica de Chocolates Saturno SA, de Blumenau-SC. Talvez esses chocolates não chegassem até SP ou então não era da minha época. Mas adorei o slogan de uma das embalagens: “Produtos Saturno, 3 X mais gostoso” (de onde eles tiraram esse três vezes?)

    18. Uma caixa tetrapack do achocolatado Longuinho (“um produto Paulista”), o precursor do Toddynho.

    19. A embalagem prateada do Dadinho da Dizioli, que depois foi imortalizada como nome de personagem no cinema

    20. Alguns bombons Garoto, quando a embalagem era de plástico transparente estampado e alumínio só na parte do meio, para proteger o chocolate

Balas Sugus

Delícia, né?

Todos os rótulos estão expostos em um cantinho do museu, logo na entrada. É praticamente um corredor, bem estreito. São só 6 vitrines, sendo que 2 são grandes, 1 média e 3 pequenas. Algumas das embalagens foram ampliadas em cartazes e enfeitam as paredes. E é só. Já aviso porque é uma exposição bem pequenininha e simples. Tinha potencial para bem mais. O que se vê lá não chega a 5% do total da coleção original de Egydio Colombo Filho. A coleção completa tem 5266 rótulos nacionais e estrangeiros e foram doados ao museu em 2003. Bem que podiam liberar mais alguns ou fazer a exposição “Papel de Bala, parte 2” ou, melhor ainda, transformar o material em um livro.

Senti falta também de mais textos para ler e de uma disposição melhor, que permitisse olhar as coisas em detalhes. Tenho mania de ler rótulos e fiquei muito curiosa para ver a lista de ingredientes de tudo que estava lá. Principalmente para saber se as balas sempre foram artificiais ou se naquela época os fabricantes ainda colocavam algo do ingrediente real na fórmula – tipo usar morango na bala de morango.

Mesmo assim recomendo  a exposição. Adorei a sensação de relembrar alguns daqueles rótulos completamente esquecidos e prestar atenção no design e nas ilustrações. Naquela época não existia Photoshop nem fonte Comic San Serif,  os desenhos eram feitos na mão e o layout era montado com estilete e cola.

A exposição fica aberta até 20 de março, para quem puder, aproveitem o recesso do Carnaval. Vale a pena ligrar antes para se informar de horários de abertura no feriado.

Mostra “Papel de Bala” Período: 20 Janeiro a 20 de março de 2011
Museu Paulista da USP
Parque da Independência, s/n
Visitação: terça a domingo, das 9 às 17 horas
Ingressos: R$6,00 – estudantes R$3,00