Bento (pronuncia-se bem-tô, o to é a sílaba mais forte, o contrário do nome personagem da Turma da Mônica) é uma palavra japonesa que significa “comida para viagem”, similar à nossa “marmita”.
Mas reparem que o bom bento tem algo que a marmita não tem.
Eu, como descendente de japoneses, convivo desde criança com a idéia do bento. No entando, o que me acostumei a ver em casa até a pouco tempo atrás era uma forma “roots” de bento. Algo sem frescura, o equivalente oriental a uma marmita caprichada de arroz e feijão.
Mas, descobri há pouco tempo através da Internet (sempre ela) que vem surgindo uma febre do bento lá fora entre os jovens ocidentais.
Hoje tem gente fazendo bento muito (coloque ênfase neste *muito*) caprichado e colorido. Isso porque hoje existe uma indústria de acessórios próprios para incrementar o bento (todos importados do Japão) que vai desde as fundamentais bento boxes decoradas até mini molheiras para shoyu, palitos, toalhinhas de mão, sacolinhas porta bento box e até (pasmem !) moldes para ovo cozido, os meus preferidos.
Eu gosto muito da idéia de preparar a sua própria bento box para o almoço no trabalho. A acho louvável que as crianças levem uma bento box preparada em casa ao invés se empanturrarem com lanches industrializados ou de cantina. Fazer o seu próprio bento é valorizar o preparo dos alimento e adquirir consciência sobre o que se come pois as refeições são geralmente bastante balanceadas e as porções são apenas suficientes. Deixo bem claro que fazer bento não é uma tarefa para preguiçosos – exige planejamento e disposição. Mas nada que a prática não ajude. E boa uma panela de arroz elétrica também !
O ato de fazer um bom bento é um ritual a ser cultivado no dia-a-dia, com criatividade e paciência.
Vou falar mais sobre bento aqui no Superziper. Embreve uma entrevista exclusiva com uma expert em bento e uma receita surpresa deliciosa.
Sayonara!
(Todas as fotos que ilustram esta matéria: Yurippe Masuda)